sábado, 6 de dezembro de 2014

das horas inconscientes

sinto-me preso por ter sido solto num mundo de alegrias e grilhões. noites sem sono, noites sem dono, dias que vêm em vão. tanto corri atrás disso que devo ter chegado cansado à vida por assim viver. no entanto, cansado mesmo eu estou dos tantos querias que vieram à minha mente.

entendo as flechas e entendo os arcos, mas sinto o alvo tão, tão distante, que já nem sei se posso ver o branco em seus olhos. preciso respirar as palavras, preciso superar o obstáculo em que eu mesmo me tornei. será que preciso de um guia? deus já existe: e agora?

as horas inconscientes me dão cada vez mais medo. não sei o que fiz, não sei o que não fiz. a culpa que vem da possibilidade de ter feito me causa tanto remorso que volto a procurar os meios de punição já tão conhecidos pelo meu corpo.

tantos planos e tanta felicidade... será que isso pode ir pelos ares assim, como fumaça de cigarro?

que pecados cometi pra que essas angústias sejam justas? preciso de respostas mas, se algum dia eu consegui-las, o que diabo vou fazer com elas?

não sei. não sei: esta é, agora, uma das minhas tantas frases de ordem.

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